por Marlon Fiori.
Certa vez passei uma tarde inteira lixando uma parede amarela de uma casa que o Ronnie, primeiro vocalista do Hospital Doors, tinha pego para reformar. A casa era de um tio dele, eram tempos de férias. Depois um dia todo lixando, engolindo poeira, perguntei se aquilo não era ruim. Ele me respondeu, que a beleza daquilo que ele fazia estava em ver tudo ir se transformando aos poucos, em ver a coisa crescendo, até ficar pronto. Para falar a verdade, é isso que estamos fazendo, em alguns dias, com THE LAST BONDS.
As gravações são como lixar a parede amarela. Sendo uma das canções mais importantes e de maior afinidade para a banda, temos a oportunidade de ver a coisa toda crescendo, tomando forma, passo a passo, acorde por acorde, instrumento por instrumento, nota por nota. Depois vêm as vozes, depois tem que decorar, dar o toque final, o toque pessoal [da banda], o brilho. Tudo isso, antes de mostrar, convidar a todos para ver o resultado desta bela parede amarela!
Gravar é sempre uma coisa muito boa e, ao mesmo tempo, muito espantosa. Além da diversão nas horas no estúdio, você acaba se surpreendendo com a beleza de alguns detalhes menos nítidos no ensaio, em um show e, também, com a falibilidade de alguma coisa que nós não tínhamos notado. De qualquer forma, The Last Bonds vem sendo uma surpresa boa, um resultado bastante agradável, acompanhado com aquela ânsia de lixar toda a parede logo.
Bem, ai embaixo tem um vídeo com o pessoal gravando as cordas do Hospital, dá pra sentir um pouquinho do que será a música também...
Depois posto como foi a gravação das vozes. É isso ai, o Rock não Pára.
Abraço a todos.
Um comentário:
acho bem legal divulgar os bastidores da gravação no estudio...
é legal saber como os musicos se organizam, o que sentem, ...
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