Cigarros e o Quebra-cabeça Máquina!




*Bom Como a idéia do Blog é divulgar além dos eventos da banda, alguns de nossos escritos deixo aqui hoje mais um, já que a divulgação do Sabonetes + Hospital (18/10) terá um post especial, mais isso é segredo.

Não consegui entender muito bem, mais deveria de ser meus paradigmas. Tudo um lugar fechado, não se pode mais fumar em locais fechados. Era como se eu apenas fumasse. Faixas de pedestres lotadas, sem nenhuma surpresa, ponteiros de tic-tac e tudo dominando tudo. Enquanto conversavam abertamente no bar, eu pensava freneticamente numa forma de fugir. De uns tempos pra cá, tudo o que faço procura ser escapatória. Deveriam de ser os paradigmas. O problema aumentou quando as engrenagens ganharam em dinâmica, força e trabalho. Faixas de pedestres lotadas, como antes não era nenhuma surpresa, tic-tac e tic-tac, ponteiros e dominando tudo. Eram os paradigmas que aos poucos infiltravam por toda casa, todas as imagens, se encostando por todos os cantos e dominavam tudo? Ou mesmo a idéia da frenética procura da porta, janela, a idéia maciça e crua, de escapatória era o paradigma? Logo quando amanheceu, e no dia seguinte, as engrenagens continuavam girando, um ciclo perfeito, de máquinas absurdas, que funcionam e apenas funcionam sem se explicar. Conseqüentemente as faixas de pedestres estavam lotadas, nenhuma surpresa. Como pequenos frascos de veneno, os focos de escapatória evaporavam, rua aqui, hora ali, conforme eu dançava em meio à cidade vestido de palhaço. Não se pode mais fumar em meio à cidade. Meus paradigmas iam contra meus paradigmas. As engrenagens funcionavam tão bem que passava a dormir mal. As minhas olheiras deixavam dúvidas sobre meus dilemas morais. Estas conclusões deveriam de ser paradigmas, eles aumentavam como um imenso quebra-cabeça máquina. Quebra-cabeça Máquina, isso, esse era a partir de hoje seu nome. Cada pedaço do que vivia se tornou uma peça somada a outra e outra e outra do Quebra-cabeça Máquina. Eram os paradigmas e a vida que acabava se passando...Faixas de pedestres lotadas, máquinas, paradigmas, mais eu chegaria a fumar em todos os locais fechados.


Marlon Fiori.

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